quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mandragore-me

Em noite quente de lua cheia igual amarena, reza a lenda, fazem com que as mandrágoras gritem. Despertas de um sono profundo por loucos, pois não podem ser outra coisa. Loucos sorridentes sem dentes. De um grito a lampejar a nota mais aguda, a cortar o silêncio soturno da noite escura, dor e pânico ecoam ao breu. Não contam, as pobres mandrágoras, com ajuda. Só não sabem os loucos que um grito estridente pode matar. Morre o cão, negro como a noite. Morrem os homens na forca. Sobram os dentes embalados pelo ar espesso e fétido. A noite perdura quente.

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