terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ao Campeão

Em dias de glória, ribombam os tambores tão alto quanto os próprios trovões de Zeus. Cantos épicos são compostos sobre a trajetória árdua superada. A melodia, que o vento ecoa ad eternum, adorna as ações destemidas e honradas do campeão. Mas, esse, de semblante límpido e sereno, apenas fita o horizonte distante. Cabeça erguida, abre um sorriso íntegro para as donzelas a contemplá-lo enquanto a brisa doce corta seus pensamentos: “os festejos não são para o homem que superou o desafio, para o vitorioso, pois ele já não existe mais, ele transcendera no processo e não mais carrega vitórias consigo, uma vez mais é pedra bruta. Os festejos são para as novas batalhas que virão.”.
Ao campeão, nunca troféus. Apenas mais batalhas.

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