quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Palavras

Palavras jogadas ao vento.
Palavras dissonantes.
Palavras! Apenas palavras.
Não tens nada a dizer?
Não diga uma só palavra.
Pois de palavras vazias,
Formam-se promessas banais.
Criam-se expectativas não desejadas.
Palavras são armas.
Discursos inflamados destroem em massa.
Torrente de rancores e ódios,
Palavras movem corações cadentes.
Perpetua-se o contratempo do poente.
Angústia e aflição jorram por palavras.
Palavra por palavra e mais nada.
Na cadência forte da marcha,
Palavras retumbam ao léu.
Não alcançam sequer o céu.
Afinal, são só palavras.
Apáticas.
Irrisórias.
Rançosas.
Virulentas.
E ainda saem da boca de homens.
Homens sem palavra.

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